Condomínios horizontais nos jardins?
Em matéria de 26/08/2017 o jornal Folha de S. Paulo trouxe a notícia de que o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) iniciou estudos para rever o tombamento dos centenários bairros Jardins na capital
Loteados no início do século passado pela Companhia City e tombados na década de 1980, os “bairros-jardim” caracterizam-se por guardarem lotes grandes, sem possibilidade de desdobro ou subdivisão e com ocupação restrita à unifamiliar.
No entanto, nas últimas décadas tem-se notado um esvaziamento gradual destes bairros (de acordo com a pesquisa de origem e destino do metrô e dados do IBGE), devido aos altíssimos valores dos imóveis e sua dificuldade de manutenção por muitos proprietários. Isso acaba compondo um cenário muitas vezes de abandono em alguns dos bairros mais bonitos e agradáveis da cidade de São Paulo.
Tendo em vista que estes terrenos poderiam abrigar diversas casas menores e com preços um pouco mais acessíveis, surge a discussão sobre a revisão do tombamento das áreas, que passariam a permitir condomínios horizontais que mantivessem as taxas de ocupação e permeabilidade atuais do bairro, mas que trouxessem mais famílias para a região, com maior segurança.
A questão tem se mostrado bastante polêmica: grande parte dos moradores dos Jardins são contrários a essa mudança e, levando-se em consideração planos como o do ex-prefeito Haddad, de abertura de ruas comerciais na região, em 2015, sofreram pressões dos moradores a ponto de não serem levados adiante, chegar a um consenso exigirá um extenso trabalho de convencimento.
Quem defende a mudança argumenta que ela traria inúmeros benefícios para construtoras e imobiliárias atuantes na região, gerando maiores oportunidades de negócios para mercados menos restritos. Além disso, aumentaria a circulação de pessoas e, consequentemente, a vida e segurança dos bairros.
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Irianna Steck
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