Unidades pequenas, sem vagas e com alto aproveitamento do terreno: este é o perfil das novas construções no Centro de SP

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Unidades pequenas, sem vagas e com alto aproveitamento do terreno: este é o perfil das novas construções no Centro de SP

Foi lançado o Informe Urbano que retrata o perfil dos lançamentos na região Central da cidade de São Paulo na última década. Se você empreende na região, vale a pena conferir!

Foi publicado em novembro um estudo sobre as tipologias dos apartamentos construídos na área central da cidade entre os anos de 2007 e 2017 que foi realizado pela Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO) da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL).

O estudo prioriza a área da Subprefeitura Sé (Sub Sé), abrangendo os distritos Bela Vista, bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, santa Cecília e Sé. A Subprefeitura Sé atraiu nesses 10 anos, o lançamento de 33.582 novas unidades residenciais verticais, isso corresponde a 10% do total lançado no município o que a deixou em primeiro lugar entre as Subprefeituras com maior número de unidades lançadas.

O aquecimento nos últimos anos, segundo o Secovi (2017) e a Abecip (2018), deve-se em grande parte ao programa ‘Minha Casa Minha Vida’ (MCMV), ou seja, ao chamado segmento econômico do mercado imobiliário. Porém, os dados do número de unidades lançadas pelo programa MCMV sobre o total dos lançamentos não estão disponíveis. A maioria dos lançamentos em ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) estão localizadas na Sub Sé (5.028 unidades), superando a Mooca (3.770), Pirituba (4.849), Vila Prudente (2.928) e Butantã (1.706), isso representa 25% das unidades lançadas na Sub Sé entre 2012 e 2017.

As características tipológicas lançadas na Sub Sé são bem específicas, elas apresentam maior densidade construtiva (com alto coeficiente de aproveitamento real, que equivale em média a 6,5 vezes a área do lote), são prédios com cerca de 18 pavimentos, cada andar do edifício apresenta cerca de nove apartamentos em média, nota-se a presença frequente de várias tipologias de apartamentos por andar, em geral são apartamentos pequenos com cerca de 41 m², com um ou dois dormitórios (sendo parte desses de um dormitório com a planta em um único cômodo chamado atualmente de loft e/ou studio) e muitos apartamentos são entregues sem garagem, para o aproveitamento das boas condições de mobilidade da região central.

Nota-se ainda que o preço do m² do imóvel ainda é o mesmo, só a área do apartamento que diminuiu, além disso, a Sub Sé é uma das regiões mais caras da cidade para aquisição de imóveis novos. A área útil dos apartamentos lançados na Sub Sé entre 2007 e 2013 era em média de 61,33 m², já entre 2014 e 2017, a área útil passou a ser de 41 m³. Já a área útil dos apartamentos em média no município é de 73,45 m², apartamentos acima dessa média estão localizadas, em sua maioria, em Subprefeituras no sudoeste da cidade e em alguns bolsões que abrigam famílias de maior renda, como Vila Mariana (VM), Lapa (LA), Santo Amaro (AS), Santana-Tucuruvi (ST), Pinheiros (PI), Butantã (BT) e Mooca (MO).

Figura 1 – Área média útil dos apartamentos lançados – Município de SP – Fonte: Embraesp; Elaboração: SMUL / Geoinfo)

Vanessa Okamoto

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